TEATRO









UMA MOÇA DA CIDADE

Teatro para Jovens e Adultos
Anderson Bernardes Sanches
Anderson Bosh
1998.2007


   
Uma Moça da Cidade é uma mistura das historias de vida de minha avó Angelina, minha mãe Adir e minhas loucuras. É um texto umbigal, caipira, simples.Um conto que virou drama.

Trata e distrata o amor em suas mais sublimes singularidades. Da mesma forma é a estética mambembe que imprimi a cena.


A Primeira montagem aconteceu em 2000 através do Prêmio Encena Brasil da FUNARTE, com o qual também realizamos a primeira temporada. Construí um espetáculo com elementos originais e históricos da minha família.

No figurino peças de roupas de minha mãe, minha avó e meu avô. No cenário utensílios de cozinha de minha avó. Na música, canções e sons deles que moravam a tempo nas lembranças de minha infância. Na luz imagens dos fogaretes e velas. E no linguajar a memória das palavras únicas, as expressões e o sotaque.

  Minha vontade dionisíaca de perpetuar a existência de minha avó e minha mãe, perpetuaram parte da história da minha família, seus costumes, suas angústias, seus sonhos.(nesta montagem: Lú Camy, Marcelo Silva e Yago Garcia na cena e eu na autoria, encenação e direção)

No ano seguinte, ganhadores do Prêmio Encena Brasil de Circulação Nacional de Espetáculo da FUNARTE, realizamos uma curta temporada por dois estados brasileiros. Era o início da vida de sucesso de "Uma Moça da Cidade", que por onde passava tirava lágrimas do público. Em 2003 no Festival de Teatro da FESMAT recebemos todos os prêmios da categoria. Encenávamos o espetáculo nos mais diverso lugares, entre eles e na maioria das vezes em baixo de árvores onde armávamos os cenários e iluminação. Dividido em duas partes (prólogo e ato), fazíamos da primeira parte um cortejo que além de brincante conduzia o público ao argumento do espetáculo. De forma lúdica e brincante a obra reconstrói e ilustra uma comunidade matogrossense das décadas de 40 e 50 trazendo de volta traços de sua comunidade, costumes e instituições.(nesta montagem: Aline Duenha, Marcelo Silva e Yago Garcia na cena e eu na autoria, encenação e direção)

Já a última montagem, em 2007, com estética otimizada e adaptada para seis atores cantantes, realizamos curta temporada na Casa Teatro Circo e no Teatro Aracy Balabanian.Na nova encenação eramos todos atores cantores e brincantes, revezávamos-nos como Ambrosina a personagem principal e tínhamos papéis secundários fixos. Era um espetáculo musicado. (nesta montagem: Aline Duenha, Marcelo Silva e Yago Garcia, Mauro Guimarães, Luciana Kreutzer e Arce Correa na cena e eu tambpem na cena e na autoria, encenação e direção, na produção e rp a Laila Saad Pulchério) 

O texto tem outras montagens pelo país. Em Aparecida do Taboado MS, em Goiânia GO, e Rio de Janeiro RJ. 


Para a montagem no Rio de Janeiro, fiz uma adaptação do texto e o inseri no contexto de uma radio novela.(nesta montagem: Lú Camy, Dida Camero e Gabriel Delfino Marques na cena, Rodrigo Pandolfo na Direção,  e eu na autoria e adaptação)


Lú Camy e Gabriel Delfino Marques

Uma Moça da Cidade não nasceu como um texto de teatro, nasceu como um conto pra homenagear minha avó e minha mãe, mas, minhas loucuras o tornaram um conto dramático. Deste conto, sem seguir padrões, estéticas dramáticas, quisá literárias, transformei-o num drama a pedidos de Rodrigo Pandolfo e Lú Camy, grandes amigos.

O texto nas suas três formas, conto: As Moças da Cidade; conto dramático: Uma Moça da Cidade, e drama: A Moça da Cidade, esta disponível para consultas, novas montagens e adaptações na Biblioteca Nacional, Bancos de textos online, SESC ou ai em cima no link DRAMATURGIA.

Não se esqueça de respeitar a lei de direitos autorais.





(fotos: acervo Bosh e Laila Saad Pulchério)

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“PELEGA E PORCA PRENHA - na Mata do Pequi”
Teatro para infância e Juventude
Anderson Bernardes Sanches
Anderson Bosh
1999.2004




Com este texto ganhei o Prêmio Nacional de Dramaturgia da FUNARTE em 2003 e a indicação ao Prêmio Luso Brasileiro de Dramaturgia em Portugal em 2004.

"Pelega e Porca Prenha na Mata do Pequi" é a parte três da saga "Pelega e Porca Prenha" que conta a história de dois irmãos caipiras durante sua infância e juventude na mata do Pequi (cidadela de nome Baianópolis de Mato Grosso do Sul).

A saga hoje compreende sete textos distintos para os quatorze anos de existência dos protagonistas.

O texto original surgiu das lembranças das histórias de minha família e seus longos e fantásticos "causos" das épocas felizes e remotas que remontam sua vinda para o então Mato Grosso (hoje do Sul). Sua vida e sua contribuição na construção da história e na fundação da cidade de Baianópolis (de apelido Pequi), além de me inspirar na construção dos espetáculos, perpetua e  contribui na manutenção da memória daquele povo e sua cultura.

A primeira montagem foi com o UBU Artes Cênicas em Campo Grande MS, sob minha direção. A construção do texto de estréia se deu junto com a preparação dos atores e a pesquisa de argumento. Foi uma experiência incrível, que nos fez elaborar, construir, desenvolver técnicas e padrões de qualidade cênicas que se tornaram características do grupo. O primeiro ensaio fotográfico (acima)aconteceu na mata do museu Antonio Pereira em Campo Grande MS.

Entre outras dinâmicas, realizamos uma viagem de pesquisa/férias, onde conhecemos de forma lúdica e divertida outros elementos da cultura regional. Na cidade de Sete Quedas do Rio Verde, conhecemos os irmãos Pelega, Porca Prenha, Tizio e Zói de Fogo, que me inspiraram a nomear os personagens da saga.

A temporada teve início em Campo Grande MS, no Teatro Aracy Balabanian, passou pelo Festival Sul-Matogrossense de Teatro no Teatro Glauce Rocha, na Rua do Teatro e Teatro na Escola, estes últimos, projetos da Fundação de Cultura de MS.

No entanto a insatisfação com o retorno de público, renda e perspectiva de carreira, nos levou a idade do Rio de Janeiro RJ, onde eu já havia estado antes a fim de estudar. No Rio, na Casa Paschoal de Carlos Magno da FUNARTE, iniciamos temporada de dois meses, fato inédito para todos enquanto grupo. Ensaiando ao ar livre em uma praça em frente ao Teatro Duse da Casa Paschoal, aconteceu conosco um fato um tanto cinematográfico: uma produtora nos viu ensaiando e propos nos produzir no Rio. A partir de então fizemos muitas apresentações em eventos tipicamente cariocas e bastante tradicionais ao lado de figuras ilustres como Joãozinho Trinta, Osmar Prado, Cristina Pereira, entre outros. Estar no Rio propiciou sabermos e conhecermos nossa capacidade, qualidade e estética. Fomos alunos na Escola Nacional de Circo, artistas convidados da Noite da Poesia Carioca e Aniversário do Bondinhos de Santa Tereza.

De volta a Campo Grande, fizemos traduções do espetáculo para redução de tempo de encenação e adequação de linguagem. A cidade vivia naquele momento uma explosão de experimentos de rua e vários projetos recebiam espetáculos que fossem para este ambiente. A versão de Pelega e Porca Prenha pra rua, perdeu mistério e terror fantástico conquistados na sala de teatro, no entanto ganhou participação direta do público e abertura da cena, o que nos levou a otimização e releitura dos figurinos, sonoplastia e movimento.

De volta ao teatro e a realidade fantástica, coloquei a prova o novo texto que estava trabalhando a muito para que dramaturgicamente falando, estivesse a contento da ena que havíamos produzido. Apresentamos este texto no Festival de Teatro da FESMAT e recebemos todos os prêmios da categoria, e eu o meu primeiro prêmio de Melhor Ator. Depois realizamos longa temporada no Teatro Aracy Balabanian e projeto escola junto a FCMS

Neste mesmo ano ganhei o Prêmio Nacional de Dramaturgia da FUNARTE em primeiro lugar na categoria Teatro para Infância e Juventude e no ano seguinte fui indicado ao Prêmio Luso Brasileiro de Dramaturgia em Portugal. Estes prêmios levaram meu texto para outros rumos e "Pelega e Porca Prenha na Mata do Pequi" ganhou novas encenações pelo país.



Na Casa Teatro Circo (fotos acima) entramos em temporda de quatro meses seguidos, acontecimento inédito para Mato Grosso do Sul. Durante a semana realizávamos projeto escola e no sábado e domingo mantínhamos temporada aberta ao público. A encenação retomou seus valores de terror fantástico e ganhou ambiente projetado para cena. O fato de termos nossos cenários e iluminação o tempo todo montado e a nossa disposição, possibilitou o enriquecimento e qualidade de nossas interpretações, movimentação e compreenção dos valores da encenção. Pelega e Porca Prenha na Mata do Pequi se tornou nossa obra de arte melhor elaborada e ricamente acabada.


Em Aparecida do Taboado, também em MS, sob orientação e direção da minha amiga, a Professora Manoela Jasques, Pelega e Porca Prenha recebeu adaptação e encenação especialmente elaboradas para os alunos da APAE, que em seu Encontro Regional recebeu o Prêmio de melhor espetáculo pela montagem.





Em São Paulo SP (a esuqerda) foi montado pela Cia Atos e Cenas. A montagem pode ser vista em vídeos no youtube e conferidas no site da Cia. Parte do repertório, o espetáculo cumpri longa temporada de projeto escola.


















No Rio de Janeiro RJ ( a cima)foi montado pela Cia dos Zoneiros que conquistou treze prêmios na categoria em festivais cariocas. Ainda no Rio ganhou instrumentaria, arranjos e comédia do Grupo Zumbi que transformaram o texto em uma opereta.










Em Brasília DF (ao lado) o texto tomou forma de musical sob direção de Bárbara Tavares.





O texto esta disponível para consultas, novas montagens e adaptações na Biblioteca Nacional, Bancos de textos online, CBTIJ, SESC ou ai em cima no link DRAMATURGIA.



Não se esqueça de respeitar a lei de direitos autorais.

(fotos: acervo, Clóvis Pereira e Laila Pulchério)



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Aurélio e a Chuva
Teatro para infância e juventude
Anderson Bernardes Sanches
Anderson Bosh
1998.2007




Este espetáculo foi minha primeira experiência de trabalho no mundo dos palhaços, do musical e do teatro para infância e juventude como autor, ator e diretor.

O texto original eu escrevi com minha amiga e atriz do grupo, Camile Cecília do Anjos, em 1998. Construímos o texto com a pouca experiênia que tínhamos, no entanto com a essência e sensibilidade de amantes da arte em que nos metíamos. Estabelecemos uma personagem principal e lhe demos um problema e muitas provas, e assim construimos a trajetória do espetáculo.

A primeira montagem foi linda, espetacular e ao mesmo tempo insatisfatória. A imagem da obra era algo inusitado para época. Palco aberto e limpo, luz no lugar de cenários e música executada em cena pelos atores eram uma novidade no estado. Novidade que trazia responsabilidade, crítica e estranhamento.

Não posso me esquecer da estréia lotada e da sessão extra, pois foi no mesmo dia do funeral do meu irmão e ele havia pedido que eu não deixasse de abrir a sessão por este motivo. E assim o fizemos. Parecia que eu sentia a presença dele no palco.



O espetáculo que encantava pais e filhos, formava fila na porta do teatro e nos obrigava a fazer sessões extras, nos desencantava na matéria que deveria alimentar o trabalho: o conhecimento de causa, fosse ele estético ou de experiência.



Éramos todos muito jovens, e minha experiência com a direção era superficial. A arte da palhaçaria então, resumia-se a contato e comunicação, e uma tentativa de ridículo. Ricos mesmo estávamos musicalmente, orientados pela atriz e musicista Aline Duenha e pelo músico Manolo Barros, que compuseram as canções do espetáculo. 

Insatisfeito com os resultados estéticos da peça, entrei em contato com a Esola Nacional de Ciro da FUNARTE e solicitei orientação. A resposta foi positiva, no entanto teríamos que nos mudar para a cidade do Rio de Janeiro RJ, e la frequentar as aulas de um curso básico de técnicas circenses. Foi o que fizemos.







Posteriormente, com mais experiência, reescrevi o texto e lhe dei uma fábula, segunda história e genealogia dramática. Mas mantive a simplicidade e generosidade, essências do texto original.












A segunda montagem com o UBU Grupo de Artes Cênicas teve estréia no Festival de Inverno de Bonito em MS e temporada na Casa Teatro Circo, desta vez com conhecimento e habilidade.

O texto esta disponível para consultas, novas montagens e adaptações na Biblioteca Nacional, Bancos de textos online, CBTIJ, SESC ou ai em cima no link DRAMATURGIA.

Não se esqueça de respeitar a lei de direitos autorais.



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